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Eternos Cravos


Hoje celebramos a liberdade. E começo por perguntar: Como é que eu vivo a minha liberdade? A fazer aquilo que me apetece? A explorar a minha autenticidade? Na possibilidade de escolher? No sentimento de ser aceite numa sociedade cheia de estereótipos? A sair à rua? Para mim a liberdade é um processo de descoberta, movido por inquietações como “porque é que não posso dizer tudo, e como quero?” ou “porque escolho submeter-me à mesma situação desconfortável?”, e ainda, “porque é que o medo me domina?”.

Neste processo, é no contínuo contacto com diferentes realidades, contextos e grupos que me vou desenvolvendo como pessoa, construindo a minha identidade, descobrindo assim o meu poder pessoal. É na experiência consciente daquilo que me incomoda na relação com o outro, comigo e como mundo, e que vai sendo definido como valores na vivência de sociedade, que encontro o motor e desbravo o caminho para descobrir o significado da minha presença no mundo.


Eu escolho que a minha presença no mundo seja compassiva.

Eu escolho dar espaço ao outro para construir a sua liberdade.

Eu escolho não magoar, julgar, oprimir ou ofender o outro.

Eu escolho identificar e lutar para retirar as amarras que coloquei em mim.

Eu escolho usar a minha liberdade para ajudar a construir o mundo em que quero viver.

Eu escolho ver além da minha perspetiva.

Eu escolho as minhas lutas.

E escolho lutar.

Eu escolho abraçar o erro e saber crescer com isso.

Eu escolho não ter uma opinião sobre tudo.

Eu escolho informar-me.

Eu escolho não dizer tudo o que o que vai no pensamento.

Eu escolho e penso.

Eu penso e escolho.


Obrigado a quem pensou além da realidade individual, escolheu sair à rua e lutou por todxs.

25 de abril sempre.


Francisco Forte e Liliana Marante

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